dia da morte

sexta, 22 de novembro de 2010

Quantas vidas?


Bem, desta vez estou de quarentena em casa por ter estado em contacto com alguém com gripe A.

Ou isso ou estou a crescer mais um bocadinho no meu mundo de princesas e cor de rosa. A descobrir que há mentiras, ódio e preto. E que temos de saber lidar com isso.

Fantástico. Porquê? Alguém saberá dizer. Eu não...

Estou farta disto tudo. O pior: isto tudo = vida.
Aprender a viver, é isso.... mas agora???
Vamos ver...ou aprendo ou desisto. Ou vivo numa espécie de limbo....


Beijos

Sofia


Houve alturas da minha vida em que me lembro de estar feliz. De rir muito. De me sentir bem só por ter os meus amigos ou a minha família ao lado.

Recordo-me de uma vez em que uma amiga de Lisboa, que cá vinha muitas vezes passar uma semana ou quinze dias, e estarmos as duas no escuro, deitadas no chão do meu quarto, a falar, a falar (isto já pela noite dentro). E, subitamente, eu me lembrar, que o que ficava mesmo bem naquela altura era uma clarabóia no tecto. Ao que a minha amiga responde de imediato: "clarabóia? Não podia ser uma joana afunda?" e rimos, rimos...ainda hoje imos quando recordamos esse episódio :).

Acho que sou uma criança que cresceu apenas por fora. Continuo a adorar cor de rosa, corações, estrelinhas, princesas e afins... e a rir dos mesmos disparates. Eu amo os meus amigos! Gostava de gostar mais de mim...para poder demonstrar-lhes mais vezes o quanto gosto deles...

É possível que passo um mês sem falar com um dos meus amigos, ou dois ou três. Mas quando falamos, parece que nos vimos no dia anterior. Sinto-me egoísta por ter necessidade de me afastar deles quando não estou bem, o que acaba por provocar a minha ausência quando são eles a precisar de mim...desculpas públicas, por esses momentos. Mas amo-os. E sei que estão sempre lá. Que sabem que sou inconstante. E continuam lá. Aqui. No meu coração. Na minha vida.

Como escrevi na letra da "Canção de Sonho", "amores vêm e vão, mas só tu serás sempre o meu sonho de algodão".... os meus amigos também. Amores vêm e vão, é um facto...e eles estão sempre prontos a abrir os braços quando um amor vai. Quando uma desilusão fica. Quando ela passa e outra ilusão se cria...

Este texto dever-se-ia chama "Ode à amizade", mas dá para perceber que, mesmo não sendo esse o título, é a eles que me sinto grata. Porque sei que gostam de mim, e nunca desistem de mim, mesmo no tempo mais escuro e sombrio, mesmo nos afastamentos sem motivo aparente...SEMPRE!

E quando estamos juntos sou feliz. E rimos. E cantamos, recordaos velhos tempos, dizemos expressões que só nós entendemos...

Tenho saudades. De quê? Talvez de mim. Mas vou descobrir onde estou, no meio desta ensarilhada de sentimentos. Nunca serei a amiga perfeita, ninguém o é, mas tentarei sempre dar o meu melhor. Porque os amigos são, de facto, as pessoas a quem devemos dar mais valor, quer estejamos bem ou mal, pois amam-nos sem condições, sem pedir em troca, sem exigências ou julgamentos...

E se, por algum motivo, nos tiverem que dizer uma mentira, será para nos poupar a algum tipo de sofrimento, ou contar-nos-ão mais tarde. No amor as mentiras são sempre por maus motivos...

I love my friends!

(corriqueiro, mas verdade ;)


Beijinhos e abraços...


Sofy

Mensagens mais recentes Mensagens antigas Página inicial

Blogger Template by Blogcrowds