João Pedro, ou a magia de ser mãe


Olá a todos!

Graças ao grupo "mamãs blogueiras", no facebook, apercebi-me que nunca tinha escrito sobre a pessoa mais importante da minha vida: o meu filho! :)

Nasceu dia 30 de Novembro de 2003, com 2,970kg e 47,5cm. Foi uma cesariana programada, e estranhamente, enquanto me diziam para ficar deitada por causa das dores, eu não sentia dor nenhuma, só queria pegar nele e cuidar dele! Como nasceu na véspera de feriado, tivemos MONTES de visitas, e eu exalava orgulho, nada de cansaço, afinal, era o MEU bebé!!!! :)

A partir dos 6 meses, o meu pequenito resolveu deixar de mamar, e a partir daí a saúde dele complicou-se. Começou a ter bronquiolites, e otites, alternadamente, numa média de 15 em 15 dias... Os dois primeiros anos de vida estive em casa com ele, e incluiram 7 internamentos hospitalares... Desse período, recordo como aprendi o que era ser mãe...

A primeira vez que ele foi à urgência, pequenino, eu não quis entrar na sala de enfermagem onde lhe iam tirar sangue. Fecharam a porta, e eu fiquei cá fora a ouvi-lo chorar. Acho que foi um dos piores momentos da minha vida! Chorava ele lá dentro e eu cá fora... Decidi então que medo de agulhas e sangue era mariquice quando se era mãe, e um ser tão frágil precisava de nós. Nem que fosse só para apertar uma mão, ou para falar calmamente enquanto análises e mais análises eram feitas... Aprendi a lidar com isto naturalmente. Ele ía muitas vezes fazer nebulizações, e os outros meninos faziam sem máscara, a ele expliquei que com máscara ficava bom mais depressa, e ele deixou de chorar para pôr a máscara. E mhoras e horas de espera, cantava-lhe musicas, distaría-o, contava-lhe histórias... não interessava se eu estava cansada, se eu tinha fome... só queria ouvir o riso do meu filho!

Nos internamentos, com "um bigode" de oxigénio, soro na mãozinha, um catéter, um oxímetro ligado ao dedo, era dificil manter uma criança cheia de vida na cama o dia inteiro... mas entre brincadeiras inventadas e musicas, o tempo passava, e ele ia melhorando. Lembro-me que passou o dia em que fez 2 anos no hospital, e as enfermeiras fizeram-lhe um bolo e deixaram os meninos sair das enfermarias para lhe cantar os parabéns... :)

Aos 2, já podia ser diagnosticada asma. Ele fez os testes, e agora toma, todos os dias, 6 medicamentos diferentes, 8 quando está "em crise", e é super natural para ele, pela forma como foi habituado. Tenho tanto orgulho no meu filho...

Com 4 anos, ainda dormia com a chupeta, a "titá Chicco". Um dia, chegou e disse: a partir de amanhã não quero mais titá!". E eu pensei que no dia seguinte ele ia mudar de opinião. Mas não, na noite seguinte perguntei se queria a titá, e ele deixou-me boquiaberta quando disse " eu ontem disse que já não queria mais chupeta..." deitou-se e dormiu!!!

Bem, acredito que as mães a falar dos filhos podem ser chatas, mas agora que comecei não consigo parar :)))

A apetência para a música...desde os 2 anos que sabe de cor (com o inglês dele) as musicas dos Bon Jovi, algumas que nem eu conheço. que ouviu nos cds. Um dia, virou-se para a minha mãe, que nasceu em Angola, e perguntou: "Avó, tens musicas da tua terra?". A minha mãe mostrou-lhe Bonga e Duo Ouro Negro, passados uns dias já andava a cantar :) Ah e música cubana, também! Depois veio a paixão pelo Mika, que tinha caracóis como os dele, e lá foi mais um cd para saber todo de cor! Só não está numa escola de música porque as aulas incluem Sábados e o pai dele não facilita... :/
A parte má da história, o divórcio. Complicado quando há filhos... mas não falando de coisas más, a verdadeira paixão dele é o futebol! O ano passado, sem saber ler, olhava para o plantel do Porto, e pelos numeros dos jogadores, dizia o nome completo de todos! Uma vez fui aos anos de uma amiga, que namora com um membro da claque do FCP. Ele tinha ainda 5 anos(e 2 meses), e de repente estava rodeado de amigos do namorado dela, a perguntar a que jogador correspondia tal número, e a tentarem lembrar-se dos mais dificeis e ele sabia todos! Treina nas escolinhas do Sporting, por não haver treino aos Sábados e está a ficar um craque :) Na verdade, craque ou não, quero é que ele se divirta e esteja feliz...!

Aqui fica um vídeo com uma das novas músicas preferidas dele :) Espero que vejam e gostem!

Muitos beijinhos meus e do meu J.P. para todos os que vierem visitar este blogue, e um beijinho especial de boas vindas para as mamãs blogueiras ;)!!!!

Sofy




6 comentários:

Como já tinha escrito no Facebook, adorei ler este texto. Não sei exactamente porquê, mas tem um efeito reconfortante. Como se através das tuas palavras toda a maternidade se regenerasse e, consequentemente, toda a existência adquirisse uma noção serena de si própria.
Talvez leia nas tuas palavras um pouco da minha própria infância. Pela redescoberta do amor de uma mãe.

É lindo. O texto. E o teu amor pelo teu filho.

Beijo Doce *******

9 de março de 2010 às 14:26  

Adorei ... está fantástico :)
Uma forma incrivel de descrever esse amor incondicional ....

Parabéns pelo teu tesouro :)
Beijinhos

10 de março de 2010 às 16:10  

ola! eu sou a "fundadora" do mamãs blogueiras =) obrigado pelo contributo, eu é que te dou as boas vindas! o teu filhote é lindo! adoro os caracois lool
beijinho grande!

12 de março de 2010 às 02:24  

Obrigada a todos :) Espero que seja o inicio de muitas trocas de experiências e mensagens entre nós! Beijinhos para pais, mães, e rebentos :))

SOfy

12 de março de 2010 às 18:38  

Olá!!
Em primeiro lugar, deixa que te diga que o teu filho é LINDO!
Em segundo, que mais precioso temos nós para falar senão dos nossos meninos? São o nosso sol!!
Este teu texto fez-me sorrir, mesmo ao ler as passagens que falas dos internamentos. Não por achar piada, claro que não, mas por ver o carinho com que falas, o orgulho, e por ele ter sorte em ter uma mãe assim. Um dia disseram-me que ser mãe era viver com o coração fora do peito. E é mesmo. Acho que não era esta a interpretação que lhe queriam dar, mas eu vejo-a assim: o nosso coração passa a estar neles.
Temos craque de futebol!!!! O meu também adora, mas o tempo não dá para tudo e desde que começou com os torneios de karaté, teve de deixar o futebol.
Desculpa a sinceridade, e isto é falar um pouco sem saber, mas que pena desperdiçar esse dom para a música dele. Claro que ele está sempre a tempo, quando crescer, mas é pena. Até porque lhes faz bem. O meu P.
Com o meu filho não, mas com o meu afilhado (aquele que foi o primeiro e tem um lugar especial) passei muito tempo no hospital, a partir dos 3 anos dele. Todos os meses ia fazer soro, fisioterapia. Até hoje ficou sem diagnóstico, mas não tinha força nos membros inferiores. Foi um lutador aquele menino. Ia dar com ele de manhão sozinho a fazer os exercícios de fisioterapia. Agradecia às enfermeiras depois de o picarem montes de vezes até encontrarem uma veia, isto com 5 anitos. Felizmente ficou bem e hoje é um matulão de 17 anos que joga basket, mas passou um mau bocado. Talvez tenha sido isso que faz dele o miúdo fantástico que é hije.
E dizes tu que a gente começa a falar e não pára!!! Tens toda a razão.

Obrigada pela tua visita, e estou contente que tenhas voltado.
Beijinho grande e um abraço ao JP

13 de março de 2010 às 11:57  

ola! adorei ler este texto..emocionou me bastante ate pq sou mae recente ;)
para mim e td uma novidade mas tou aproveitar cada momento. Tens um filho lindo miga e es uma grande mae!
parabens
continua a escrever hehehe
bjinhos

martinha

27 de março de 2010 às 07:34  

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